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"O Brasil não é celeiro nem de si mesmo", diz Larissa Bombardi, autora de livro sobre agrotóxicos

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Sinopsis

Pensar o alimento é pensar um projeto de humanidade. Com esta consciência, a geógrafa e professora da USP Larissa Mies Bombardi tem dedicado anos de pesquisa ao estudo dos pesticidas. Autora do livro “Agrotóxicos, um colonialismo químico”, lançado na França pela editora Anacaona, ela descreve uma realidade alarmante, ao mostrar que Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, em sua maioria produzidos por multinacionais europeias, um quadro trágico e que tem piorado nos últimos anos.  Maria Paula Carvalho, da RFI em ParisRFI: Em que medida estamos sendo contaminados, para não dizer envenenados? Larissa Bombardi: Estamos sendo contaminados em uma grande medida. O Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxicos e o maior importador mundial de agrotóxicos. Dos dez agrotóxicos mais vendidos no Brasil, três são proibidos na União Europeia (UE) porque são cancerígenos, ou porque são teratogênicos, quer dizer, provocam malformação fetal, ou porque provocam infertilidade, ou desregulação hormonal,