Sinopsis
Um livro indispensável para o estudo do jornalismo brasileiro, em nova edição revista pelo autor
Todos os amigos de Tarso tem algo em comum: brigaram com ele um porrilhão de vezes.
Azar de quem estava brigado com ele quando morreu: nunca mais, disso o corvo, poderá fazer as pazes. Aconteceu com dois ou três. Eu, por exemplo, briguei feio com o cara. E Tarso, quando estava brigado com alguém, o mínimo que fazia era dar chutes abaixo da cintura, e nem sempre metaforicamente.
Tive direito, por causa da nossa desavença a um anúncio de falecimento na Folha de S. Paulo. Causa mortis: fui atropelado pelo meu mau caráter, dizia o texto. Era desleal, injusto e implacável com seus desafetos.
"Para os meus amigos, tudo, para meus inimigos, nem justiça!", era um dos seus bordões. Mas toda essa agressividade era só para mascarar que no fundo o rapaz era uma moça, super afetuoso e generoso com os amigos e as mulheres.
Ninguém menos convencional do que Tarso de Castro. Tinha um pacto de felicidade com a vida. Pouco importava que a vida não cumprisse a sua parte.
— Otto Lara Resende
Ri muito com ele, fomos íntimos, nunca lhe faltou charme. Era um maudit brasileiro, com tudo que isso implica.
— Paulo Francis
Meu John Wayne predileto.
— Jaguar
Eu me lembro de Tarso de Castro entrando no Antonio's e os burgueses confrangidos, oferecendo-lhe as mulheres, cochichando: "Olha ali o homem de esquerda..."
— Arnaldo Jabor
Ele é uma palavra só: coração.
— Glauber Rocha
Grosso e finíssimo.
— Mario Prata