Política

Maria Cristina Fernandes fala sobre a alta do dólar e a atuação conjunta do Banco Central para vender a moeda estrangeira enquanto o Tesouro recompra títulos. Ela ainda comenta a aprovação da reforma tributária e da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.

Vera Magalhães analisa o ano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e compara sua posição com o mito grego de Sísifo, avaliando que "muita gente empurrou a pedra para baixo" após seus esforços para levantá-la. "Ocorreu essa analogia por conta da dificuldade do ministro de conseguir tornar crível, factível e um pouco mais durável o arcabouço fiscal concebido no ano passado, aprovado pelo Congresso, e que desde o começo se mostrava um pouco frágil."

Merval Pereira conta que, em uma ocasião, após a vitória de Lula nas eleições, estava em um restaurante com Washington Olivetto, quando um desconhecido se aproximou, os reconheceu, e começou a falar mal da imprensa, do STF, e ‘antecipou’, o que estava para acontecer em Brasília. Merval conta que ele e Olivetto não acreditaram na história. Comentarista destaca que, de fato, dias depois, aconteceram os atos golpistas de 8 de janeiro.

Lauro Jardim fala sobre a expectativa para a reforma ministerial. Comentarista destaca que o pontapé para as mudanças pode ter um lance já na semana que vem, com a mexida na Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). A previsão é que Lula volte para Brasília nesta quinta-feira (19). Auxiliares diretos de Lula dizem que o presidente deve se reunir com Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha dele em 2022. Sidônio já foi sondado para assumirr o cargo, mas primeiro quer saber as condições da conversa.

Andréia Sadi conta que a expectativa de uma denúncia rápida no inquérito do golpe tem crescido. 'Porque o Procurador-Geral da República, o Paulo Gonet, decidiu que vai trabalhar normalmente em janeiro, que é o período de recesso e férias coletivas no Judiciário'.

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a prisão do general Walter Braga Netto constrangeu as forças armadas, mas já era esperada pelos militares. O ministro discutiu a prisão com o presidente Lula, em reunião na casa do petista em São Paulo, onde o mandatário se recupera das cirurgias da semana passada. Bela Megale traz bastidores da conversa.

Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo prendeu sete pessoas, sendo um delegado e três policiais civis suspeitos de envolvimento com o PCC. Vera Magalhães analisa a questão. "Depois de muito tempo que o empresário já tinha feito a delação, já tinha implicado essas pessoas, elas começam a ser presas, e aí a gente vai ver o grau de infiltração da facção criminosa, sobretudo na Polícia Civil."

Vera Magalhães analisa esforços do governo federal nesta reta final do ano para aprovar medidas de equilíbrio fiscal. A comentarista também aborda a alta do dólar e diz que o governo "considera absolutamente desproporcional" a reação do mercado.

Bernardo Mello Franco destaca o distanciamento que militares tentam adotar em relação a Braga Netto após o general ser preso, acusado de tentar obstruir as investigações da tentativa de golpe bolsonarista.

Merval Pereira faz uma análise da pressão sobre o Congresso para que seja aprovado o pacote de corte de gastos. ‘Governo adiou o quanto pode esse pacote e nunca teve muito empenhado na aprovação. Agora que a coisa está começando a chegar no prazo limite, eles estão ficando nervosos’. O mercado está reagindo muito mal’. Comentarista destaca que ‘ninguém confia que esse pacote possa ser aprovado e, se aprovado, possa ser eficaz’.

Por lei, militares da reserva e da ativa têm direito a cumprir pena em dependências das Forças Armadas, mas um general de quatro estrelas como Braga Netto nunca havia sido preso em um período democrático. Com isso, houve um grande dilema para saber o que fazer. Malu Gaspar comenta.

Vera Magalhães analisa os desdobramentos do inquérito da trama golpista, que levou à prisão temporária do general de quatro estrelas Walter Braga Netto neste sábado (14). "É alguém que tinha muita proximidade com Bolsonaro, tanto que foi escolhido para ser o candidato à vice, na sua chapa, à reeleição. Então, é o mais perto que se chegou até aqui de Bolsonaro: a prisão do general Braga Neto, um ato de enorme importância e relevância política, histórica e processual."

Maria Cristina Fernandes pontua o ineditismo da prisão de Braga Netto durante o período em que o presidente Lula estava no 'estaleiro', isto é, fora de atuação, pois estava internado, provando que as instituições estão funcionando.

Vera Magalhães faz um balanço dos projetos a serem aprovados pelo Congresso nesta última semana legislativa. "Tem muita coisa para ser votada, parece pouco provável que tudo isso saia num esforço concentrado dessa semana."

Merval Pereira fala sobre a prisão do general Braga Netto, por suspeita de tentar obstruir as investigações da tentativa de golpe de Estado. Comentarista destaca a postura das Forças Armadas diante das investigações: ‘agiram com frieza profissional. No tempo todo em que o golpe estava sendo tramado, a maioria do Alto Comando do Exército não aderiu ao golpe, não apoiou nem um tipo de medida e os golpistas do próprio alto comando ficaram isolados’.

A maioria dos brasileiros, 65%, está "pouco" ou "nada informado" sobre as investigações da PF a respeito da tentativa de golpe em 2022. A revelação está em uma pesquisa feita pelo Ipec. Mas de forma esmagadora (80%) acha que os envolvidos numa tentativa de virada de mesa "deveriam ser julgados e punidos conforme a lei". Saiba mais no comentário de Lauro Jardim.

Andreia Sadi diz que há uma expectativa para que mais provas apareçam, inclusive em uma possível delação de Braga Netto. Segundo a comentarista, os investigadores tiveram calma para a prisão porque querem evitar alguma questão futura, como correu na Lava Jato.

Marco Ruediger analisa os fatos mais importantes da semana.

O ministro do STF Alexandre de Moraes afirma em decisão que autorizou a prisão preventiva do general Walter Braga Netto que as investigações revelam “gravíssima participação” de Braga Netto, que assumiu um “verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento” dos atos golpistas. Moraes cita indícios de que o general “atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações” e destaca “extrema periculosidade” com a “existência de gravíssimos crimes e indício suficientes de autoria”. O comentarista da CBN Bernardo Mello Franco analisa a prisão.

Vera Magalhães analisa a semana política e destaca a pesquisa Quaest sobre intenções de voto para presidente em 2026, em que Lula aparece como favorito, com 52%. "Todo aquele entusiasmo da direita com os resultados da eleição municipal e com a eleição do Donald Trump, em que eles juntaram duas coisas que não têm nada a ver uma com a outra [...], a pesquisa Quaest jogou água neste chope."