Política

Com as assinaturas necessárias, a PEC passou a tramitar no Senado. O governo eleito preferiu começar pelos senadores por avaliar ser um caminho mais fácil do que na Câmara. Porém, sem um relator ainda definido, Alcolumbre, presidente da CCJ da Casa, já fala como se o fosse. Já o PT conta com a relatoria de Alexandre Silveira (PSD-MG), um dos principais cabos eleitorais de Lula no estado.

A PEC da Transição já tramita no Senado. Apesar do apoio, Vera Magalhães pondera que governo eleito precisará também de votos - 41 dos senadores e 308 na Câmara. Nos bastidores, o PT negocia o apoio à Rodrigo Pacheco e Arthur Lira para suas reeleições nas presidências do Legislativo. 'Mesmo assim não está descartado que se tenha de abrir mão de alguns bilhões e negociar a PEC por um prazo menor', pontua Vera.

O presidente eleito desistiu de compor um grupo da Defesa na transição e deve indicar um nome para o ministério até a semana que vem. O mais cotado é o ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro. Merval Pereira elogiou a cautela de Lula em lidar com a pasta dada a ocupação de quartéis por bolsonaristas e o comportamento fanatizado dos comandantes das Forças Armadas. 'Tudo indica que vai acalmar a área militar', analisou.

Enviado especial de Lula para um almoço na Febraban, as falas de Fernando Haddad aos banqueiros teve efeito negativo dada as novas queda da bolsa e alta do dólar. Vera Magalhães critica o 'alvoroço' do mercado financeiro e pondera que Haddad falou o possível diante da posição ainda não-oficial no governo eleito. Vera contextualiza ainda a rejeição do setor ao petista e a falta de explicações sobre um novo teto de gastos.

Andreazza avalia a situação da PEC da Transição, que ainda depende de algumas discussões, tanto sobre valores, quanto sobre o tempo que durará. Andreazza ainda analisa a tentativa de aproximação com Lira e fala que o PT inclusive deve formalizar, hoje, o apoio à reeleição de Arthur Lira, do PP de Alagoas, à presidência da Câmara dos Deputados. A PEC dependerá possivelmente 'de arranjos' com base no conhecido orçamento secreto e pode se tornar um 'instrumento da governabilidade para o governo Lula'.

Sérgio Abranches destaca que a proposta do futuro governo Lula de abrir verba extra no teto de gastos só é necessário por conta da 'herança de um Orçamento completamente imprestável, com arapucas políticas e sociais'. Para o comentarista, nunca existiu uma transição do tipo, o que demonstra a 'deseducação cívica' de Bolsonaro e Paulo Guedes.

O PT deve oficializar nessa terça-feira o apoio à Arthur Lira para sua reeleição na Câmara. Bernardo Mello Franco analisa a decisão do novo governo Lula em endossar 'um bolsonarista de carteirinha'. BMF contextualiza que Lira, já praticamente reeleito, articulou uma chapa com apoio de partidos grandes, como o União Brasil. 'PT teria duas escolhas: apoiá-lo ou tentar lançar outra candidatura, que certamente seria derrotada'.

A repórter Gabriela Echenique destaca a presença de Lula em Brasília com o objetivo de destravar as negociações da PEC da Transição, que segue emperrada no Congresso por falta de consenso. Outra prioridade é a definição dos ministros do novo governo. Os primeiros nomes que devem sair são: o da Articulação Política, Casa Civil e da Fazenda. Tudo para tentar facilitar as conversas com o Congresso em meio às discussões da PEC. O senador Marcelo Castro, autor do texto, diz que vai apresentar o texto da PEC amanhã, sem adiamento.

Lauro Jardim fala sobre os preparativos para a posse de Lula, em 1º de janeiro. Uma preocupação especial é com a segurança do evento. Lauro cita a questão da polarização política no Brasil. Comentarista destaca que a preocupação da área de segurança é exatamente com os bolsonaristas inconformados, que podem querer protestar justo na festa da posse. 'Algo inédito no Brasil'.

No Conversa de Política, Malu Gaspar comenta a instabilidade e quais as questões que envolvem a indicação de Haddad para a o Ministério da Fazenda. Segundo a comentarista a presença de Lula em Brasília deve servir para resolver a questão da PEC da Transição e também para indicar Haddad, além de alguns membros para a equipe. Ouça

Maria Cristina Fernandes comenta participação de Fernando Haddad no almoço anual da Federação Brasileira de Bancos, onde representou o presidente eleito Lula. Para analista, o ex-prefeito de São Paulo 'driblou um crivo' relevante para o mercado financeiro com sua atuação, quando disse que o petista vai dar prioridade a melhorar a qualidade da receita com uma reforma tributária.

O novo governo do presidente Lula tem tido alguns impasses na nomeação dos Ministérios da Fazenda e Planejamento. O desenho mais possível na cabeça do presidente eleito é nomear Fernando Haddad e Pérsio Arida, o que não agrada o mercado financeiro.

A presença de Fernando Haddad em reunião com empresários pode ser o indicador de que será ele o novo ministro da Fazenda. O cenário se desenha, então, para que Pérsio Arida assuma o Planejamento. Merval Pereira considera uma boa solução, caso o vice eleito, Geraldo Alckmin, tenha força política real no governo. 'Se Pérsio aceitar, é sinal de que se convenceu que o Alckmin terá uma força que o apoiará', analisou.

Carlos Andreazza fala sobre a surpresa que será se Lula prosseguir com uma organização ministerial que seja composta por nomes diferenciados, além de nomes exclusivamente petistas. Para Andreazza a grande questão ainda é a PEC da Transição e tudo que está implícito e explícito na negociação dela. Ouça

O lema de Odorico é 'bola pra frente que Odorico é presidente'. Em meio à política, o prefeito de Sucupira diz que é apreciador de todos os esportes. Brasil e Sucupira se agitam com o futebol e a política.

Lauro Jardim destaca que ele tomou a decisão após forte pressão. Ele anunciou a desistência por meio do Twitter. O post foi uma espécie de ponto final em uma guerra travada nos bastidores da transição envolvendo de muito prestígio na área artística e gente importante do PT.

O presidente do TSE negou o pedido de anulação de votos no segundo turno, feito pelo PL, e multou o partido em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. 'O que Moraes pretendeu, com isso, é encerrar o assunto. Se vai ou não, a gente nunca sabe se tratando do bolsonarismo', pontua Vera Magalhães.

A ex-ministra do Meio Ambiente, que compõe a equipe de transição do governo eleito, sugeriu o cargo ao programa do então candidato Lula. Ela afirma que o cargo tem perfil técnico: 'tudo o que a gente não precisa é de que isso tenha algum tipo de viés político'.

A repórter Gabriela Echenique destaca que, como já se imaginava, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral, rejeitou pedido do PL para invalidar parte dos votos no segundo turno. Mas ele foi além: determinou multa milionária à coligação de Bolsonaro e ainda mandou investigar o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Carlos Andreazza e Marcella Lourenzetto falam sobre ‘o jogo de Lira’, as articulações dele para se manter na presidência da Câmara, a questão do orçamento secreto, a omissão do STF sobre o tema e a PEC da Transição. Os âncoras entrevistam o economista Marcos Mendes, pesquisador do Insper. Ele fala sobre sobre a PEC da Transição e teto de gastos.

No Conversa de Política, Bela Megale comenta que interlocutores do governo Lula têm procurando membros da alta cúpula militar para testar os nomes para o cargo de ministro da Defesa. O foco da consulta informal é evitar arestas e escolher um nome palatável para as Forças Militares e que ajude a pacificar e institucionalizar as relações. Ouça