Rfi Convida

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Sinopsis

Entrevistas diárias com pessoas de todas as áreas. Artistas, cientistas, professores, economistas, analistas ou personalidades políticas que vivem na França ou estão de passagem por aqui, são convidadas para falar sobre seus projetos e realizações. A conversa é filmada e o vídeo pode ser visto no nosso site.

Episodios

  • Com forte influência brasileira, Chloé Deyme lança novo CD

    20/06/2024 Duración: 10min

    A cantora e compositora francesa Chloé Deyme está lançando um novo álbum, batizado de “&mue”. Brincando com palavras em francês, trata-se de uma mistura da palavra “émue” (emocionada), e “mue”, que é uma muda, a troca de pele de uma serpente, uma renovação. A artista veio aos estúdios da RFI para falar sobre o trabalho. O novo CD chega oito anos depois de “Noturna”. Apesar de ser cantado em francês, a influência da música brasileira é sempre forte.“Tem músicos que podem compor e escrever muito rápido. O meu processo é muito longo e levou uns quatro anos até a gente chegar aqui”, explica Chloé. “São músicas que eu escrevi ao longo do tempo e eu tenho a sorte de poder tocar com músicos com quem eu posso experimentar e trocar ideias”.“&mue” já tem show de estreia marcado em Paris, no Café de la Danse, perto da Bastilha, no dia 18 de junho. Na primeira parte, o trio vocal Anaê se apresenta com músicas brasileiras.“A gente tenta ver ao vivo como é que o público reage, como é que as músicas saem”, diz a art

  • Inspirado no ritual brasileiro, Festival parisiense da Lavagem da Madeleine vira documentário

    19/06/2024 Duración: 06min

    A diretora brasileira Liliane Mutti acompanhou o multiartista baiano radicado na França, Robertinho Chaves, durante seis anos entre Paris e o recôncavo baiano para contar a história de uma das mais importantes tradições culturais afro-brasileiras na Europa, a lavagem da Igreja da Madeleine, em Paris. O resultado é o filme “Madeleine à Paris”, que a cineasta define como “um road movie afro-queer entre Paris e a Bahia”. “Madeleine à Paris” sai nas salas de cinema do Brasil no final de 2024, mas já fez sua pré-estreia mundial em abril, na 26ª edição do Festival do Cinema Brasileiro de Paris. Em junho, foi exibido no Festival de Cinema Brasileiro de Bordeaux e nos próximos meses deve circular em festivais da Europa e também nos Estados Unidos.O documentário trata, de maneira sensível, através da figura central do criador da Lavagem da Madeleine, temas como espiritualidade, busca de raízes e sexualidade. A nostalgia do imigrante que vive entre dois mundos é explorada através da trajetória de Robertinho.“Quando eu

  • Cantora Nanná Millano lança carreira em Paris com seu 1° disco inspirado na MPB e na ‘saudade’

    18/06/2024 Duración: 07min

    Da geração da nova MPB, a paulista Nanná Millano, 36 anos, faz sua estreia como cantora em Paris, onde apresentou seu disco autoral recém-lançado 'Can't Translate Saudade'. A artista, que é fã de grandes nomes como Elis Regina, Tom Jobim, Caetano Veloso e Gal Costa, mistura de forma suave o idioma materno e o inglês, na tentativa de enaltecer a riqueza da língua portuguesa. Nos estúdios da RFI, a cantora revela que a música brasileira, a MPB e a Bossa Nova estão na sua vida desde quando ainda era conhecida apenas como Natalia, antes de adotar o nome artístico de Nanná Millano. "Minha mãe e meu pai sempre apreciaram demais a música. Então em casa sempre foi coleção de CD, coleção de vinil e até de música infantil. Era O Grande Circo Místico, A arca de Noé, do Vinícius [de Moraes], Os Saltimbancos com a Nara Leão", recorda a jovem.O disco 'Can't Translate Saudade' ('Impossível traduzir saudade', em tradução livre) tem a intenção inicial de comunicar o sentimento único que somente os lusófonos podem expressar. "

  • Bela Gil lança livro na França e defende remuneração do trabalho doméstico por 'justiça de gênero'

    14/06/2024 Duración: 06min

    A chef, apresentadora e escritora Bela Gil lançou na França o livro "Qui va faire à manger ? Femmes, travail domestique et alimentation saine", pela editora Ana Caona. Publicado no Brasil em 2023 com o título "Quem vai fazer essa comida? Mulheres, trabalho doméstico e alimentação saudável" (Elefante), a obra trata da questão do trabalho de cuidado, não ou mal remunerado, realizado na maioria das vezes por mulheres, e a relação dessas atividades com o sistema alimentar. Bela Gil defende em seu livro que a alimentação é uma ferramenta poderosa para a transformação social. "Acho que cada um tem aquela luzinha que brilha, que faz a gente acordar todos os dias e até mesmo uma inquietação na vida que faz a gente se movimentar e mexer. A minha é essa questão da injustiça social muito relacionada à alimentação", disse à RFI."A gente vive num país muito desigual, onde ainda existem milhões de pessoas passando fome. Mas quando a gente fala de alimentação saudável, é porque não basta só a pessoa ter acesso a um alimento

  • Filósofo brasileiro debate o bolsonarismo como uma forma de fascismo em Paris

    12/06/2024 Duración: 05min

    O professor, escritor e filósofo brasileiro Rodrigo Guéron, conhecido por seu trabalho sobre a política brasileira contemporânea, está em Paris onde divulga seu livro “A Vingança dos Capatazes: o bolsonarismo como fascismo”. Um debate para estimular discussões e análises aprofundadas dos temas centrais do livro foi promovido na Maison de L’Amerique Latine (Casa da América Latina) no 7° distrito da capital francesa na segunda-feira, 10 de junho.  O livro de Rodrigo Guéron foi publicado em 2022 pela editora Nau, mas segue relevante em sua temática. “O que faz desse tema atual e contemporâneo é uma das maneiras com que eu defino o fascismo no próprio livro. Eu defino fascismo como a economia política da violência da guerra”, conta o professor nos estúdios da RFI em Paris.Ele explica que não devemos entender o fascismo pelo formato final que ele toma em cada momento histórico, mas antes por aquilo que se dissemina e circula na nossa sociedade baseada economicamente no capitalismo. Segundo ele, tais movimentos soc

  • "O Brasil não é celeiro nem de si mesmo", diz Larissa Bombardi, autora de livro sobre agrotóxicos

    06/06/2024 Duración: 06min

    Pensar o alimento é pensar um projeto de humanidade. Com esta consciência, a geógrafa e professora da USP Larissa Mies Bombardi tem dedicado anos de pesquisa ao estudo dos pesticidas. Autora do livro “Agrotóxicos, um colonialismo químico”, lançado na França pela editora Anacaona, ela descreve uma realidade alarmante, ao mostrar que Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, em sua maioria produzidos por multinacionais europeias, um quadro trágico e que tem piorado nos últimos anos.  Maria Paula Carvalho, da RFI em ParisRFI: Em que medida estamos sendo contaminados, para não dizer envenenados? Larissa Bombardi: Estamos sendo contaminados em uma grande medida. O Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxicos e o maior importador mundial de agrotóxicos. Dos dez agrotóxicos mais vendidos no Brasil, três são proibidos na União Europeia (UE) porque são cancerígenos, ou porque são teratogênicos, quer dizer, provocam malformação fetal, ou porque provocam infertilidade, ou desregulação hormonal,

  • 'O melhor investimento é a ciência', diz pesquisadora brasileira premiada em Paris

    30/05/2024 Duración: 05min

    Vencedora do prêmio "Para Mulheres na Ciência" da Fundação L'Oréal/Unesco, a cientista brasileira Alicia Kowaltowski é pesquisadora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e desenvolve um trabalho de ponta sobre a biologia das mitocôndrias e seu metabolismo, que ela considera "a definição mesma do que é um ser vivo", como relatou à RFI, direto da sede da Unesco, em Paris. "No Brasil é difícil ser cientista. Ponto. Eu nunca senti uma dificuldade de ser cientista mulher especificamente, até porque na minha área, no Brasil, as mulheres são maioria. As mulheres são a maioria entre os bioquímicos e biólogos moleculares", contrapõe Alicia Kowaltowski, perguntada sobre a dificuldade de cientistas mulheres terem suas pesquisas subvencionadas globalmente. "Existe uma falta de compreensão de toda a classe política da importância da ciência, da importância da consistência de políticas públicas para apoio na ciência, um processo que demora muito mais do que só um termo de um presidente ou governador. Q

  • Editora fundada por brasileiros revive obras francesas ‘esquecidas’ com foco na temática LGBTQ+

    29/05/2024 Duración: 06min

    A história de Roberto Borges, 45 anos, e Régis Mikail, 41, se funde com a criação da editora Ercolano, em abril em 2023. Juntos há sete anos, ambos viveram alguns anos em Paris, onde se conectaram mais intensamente à cultura e literatura francesa. Sócios na editora, eles participam da 3ª edição da Paris Book Market, de 29 a 31 de maio, uma feira editorial internacional que reúne gerentes de direitos de publicações francesas e editores estrangeiros interessados em adquirir obras. De Paris, Luiza Ramos para a RFIA Editora Ercolano foi fundada pelo casal há um ano, já com a ideia de descobrir ou reencontrar livros pouco conhecidos, esquecidos ou ainda não traduzidos para o português do Brasil. Na Paris Book Market, que recebe cerca de 200 editoras participantes, a Ercolano chega com o intuito de fazer o intercâmbio para possibilitar a “publicação de obras francesas contemporâneas ou não, que não estão em domínio público”, como explica Roberto Borges.“Eu costumo dizer que essa feira é um namoro em que a gente com

  • Grupo francês de jazz lança álbum com influência de ritmos nordestinos e homenageia flora do Brasil

    28/05/2024 Duración: 07min

    Para tirar do papel a ideia de fundar um grupo de jazz com influências da música brasileira, Jamayê Viveiros, 23 anos, viajou ao Brasil na companhia do músico Tristan Boulanger, da mesma idade. Ambos fizeram uma imersão cultural no Nordeste, onde tocaram e conheceram ritmos como baião, forró, afoxé, maracatu e outros mais de perto. Eles se juntaram a sete jovens músicos franceses de origens variadas para compor o eclético Sapocaya, grupo que acabou de lançar seu primeiro álbum. De Paris, Luiza Ramos da RFIJamayê é filho de pai brasileiro e mãe uruguaia, mas nasceu em Paris. O jovem flautista e trompetista se juntou inicialmente ao percussionista e compositor Tristan Boulanger para juntos decifrarem sons variados da cultura brasileira.Apesar de ser francês, Tristan é um entusiasta dos ritmos latino-americanos e embarcou na ideia de Jamayê no carnaval do ano passado. Nos estúdios da RFI, Jamayê descreveu a viagem como uma "experiência mágica" que culminou na "evidente" criação do Sapocaya após o retorno à Franç

  • Curta “Amarela”, na disputa pela Palma de Ouro, mostra “outra cara do Brasil” em Cannes

    25/05/2024 Duración: 10min

    O último dos seis filmes brasileiros selecionados este ano em Cannes foi exibido nesta sexta-feira (24). O curta-metragem “Amarela”, de André Hayato Saito, está na disputa pela Palma de Ouro. A premiação será anunciada na cerimônia de encerramento do festival na noite deste sábado (25).  “Amarela” é a única produção latino-americana na competição oficial de curtas nesta edição 2024 do Festival de Cannes. O filme, sobre pertencimento, identidade e discriminação contra pessoas de origem asiática, mostra também a diversidade brasileira.“É uma honra e uma responsabilidade porque o filme traz muito esse protagonismo de pessoas asiático-brasileiras”, diz André Haito Saito sobre essa estreia em Cannes representando a “comunidade amarela”.  “Fico muito contente que tenham aberto a porta para a gente trazer essa outra cara do Brasil” para a tela de Cannes, festeja. “É uma coisa para mim até inédita ter essa sensação. Minha esposa até brincou: ‘você nunca foi tão chamado de brasileiro na sua vida’”.   “Amarela” é o ter

  • "Juventude negra no Brasil vive um verdadeiro holocausto", diz Dom Zanoni Castro na França

    24/05/2024 Duración: 05min

    Dom Zanoni Castro, arcebispo de Feira de Santana, na Bahia, é um dos convidados de um evento religioso em Limonest, na região de Lyon, para falar sobre a experiência à frente da pastoral Afro-Brasileira. O encontro é promovido por uma associação de padres diocesanos criada pelo beato Antoine para promover a espiritualidade e reforçar a fraternidade dos padres junto aos mais pobres. Bispo referencial da pastoral Afro-Brasileira, Dom Zanoni também é membro da Comissão episcopal para ecumenismo e diálogo inter-religioso e responsável pela Pastoral Afro da América Latina e Caribe e, nessa condição, traz uma mensagem sobre a situação das comunidades negras onde tem atuado. “No Brasil, a maioria absoluta dos habitantes são afrodescendentes, 50%. Em minha região é bem maior. Em alguns municípios na Bahia, chega a 92% de afrodescendentes. Para evangelizar, dar uma notícia boa, é preciso ter a realidade concreta, a origem, a cultura, a riqueza, a beleza dessa tradição do povo que vem da África”, afirma.Para o religios

  • Literatura brasileira se reinventa e alimenta curiosidade do mercado, diz escritora Adriana Lunardi

    24/05/2024 Duración: 08min

    A escritora e roteirista Adriana Lunardi está em Paris para uma série de atividades literárias ligadas aos seus dois livros já traduzidos para o francês. É a ocasião também para apresentar nova obra, Contos Céticos. A catarinense Adriana Lunardi desenvolveu forte ligação com Paris, onde já viveu duas vezes em períodos diferentes e pelo interesse despertado no público desde a tradução de “Vésperas,” livro no qual ela narra os últimos momentos de vida de várias escritoras, como Clarice Lispector, Zelda Fitzgerald, Colette, Katherine Mansfield e Virginia Woolf. “Na época que publiquei esse livro não havia algo parecido que estava sendo lançado e isso despertou a curiosidade de alguns países”, diz.Na esteira de "Vésperas", indicado para a categoria contos e crônicas do Prêmio Jabuti de 2003, Adriana teve traduzido na França seu primeiro romance, "Corpo Estranho" (2006), que consolidou sua presença neste concorrido mercado editorial. “Meu trabalho de escritura é muito dedicado. Eu tenho uma linguagem mais literári

  • Ministério dos Povos Indígenas ‘não consegue resolver’ crise Yanomami, diz Kopenawa em Cannes

    22/05/2024 Duración: 06min

    O xamã Yanomami Davi Kopenawa e o antropólogo francês Bruce Albert estão em Cannes para participar da apresentação do documentário “A Queda no Céu”. O filme integra a prestigiosa mostra paralela Quinzena de Cineastas. O longa, dirigido por Ery Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, sobre a cosmologia Yanomami, é baseado no livro que leva o mesmo nome, escrito por Kopenawa e o antropólogo francês.  “A Queda do Céu” foi publicado inicialmente em francês em 2010. A tradução para o português é de 2013. O filme levou sete anos para ficar pronto e foi rodado na Amazônia, no território e na língua Yanomami. Davi Kopenawa, um dos principais porta-vozes dos povos indígenas brasileiros na atualidade, é o narrador, o guia do documentário. O longa é centrado na festa Reahu, o ritual funerário dos Yanomami.   Em entrevista à RFI em Cannes, o xamã disse que aceitou a proposta dos diretores de transpor o livro para o cinema e o convite para participar do Festival de Cannes para “conhecer” outras pessoas e “para falar sobre a n

  • “Baby”, de Marcelo Caetano, propõe um outro conceito de família em Cannes

    21/05/2024 Duración: 06min

    “Baby”, o segundo longa do diretor brasileiro Marcelo Caetano, estreia nesta terça-feira em Cannes e é um dos sete filmes na competição da Semana da Crítica, uma das mais importantes mostras paralelas do festival. Rodado principalmente no centro da cidade de São Paulo, “Baby” é descrito pelos organizadores como “um melodrama queer e uma história de amor impossível”.  “Baby” foi selecionando entre mais de mil filmes e é um dos sete longas na competição da Semana da Crítica. O diretor mineiro, radicado em São Paula, já tinha vindo outras vezes a Cannes como produtor de um curta, em 2011, e como produtor de elenco dos filmes do Kléber Mendonça Filho, “Bacurau” (2019) e “Aquarius” (2016), mas nunca tinha participado como diretor. Independentemente de prêmios, Marcelo Caetano comemora essa estreia de “Baby” na Semana da Crítica. “É uma vitrine incrível, tanto por questões da relação com a crítica quanto a relação com os distribuidores internacionais, com os agentes de venda”, explica. “A gente está super feliz. Ac

  • Em novo livro de fotografias, Marcos Chaves reflete com humor sobre o cotidiano

    21/05/2024 Duración: 05min

    O artista plástico carioca Marcos Chaves está lançando o livro de fotografias “It Looked, and I Looked Back”. De passagem por Paris, ele falou à RFI a respeito do trabalho, que teve início durante a pandemia. “Eu fiquei em casa por cem dias sem botar o pé na rua e eu vi que essa minha vontade, o prazer que eu tenho em fotografar a rua, eu tinha que transportar para outro lugar, para um lugar menor. E eu comecei a fotografar a casa. Mas esse livro se expandiu. Ele não ficou só nesse tema e são fotos que eu fiz em viagens de trabalho, em viagens de prazer pelo mundo afora”, relata o artista.“É como se eu caminhasse pelo mundo e as coisas me olhassem e eu olhasse para elas de volta através da fotografia. E é um pouco isso que acontece mesmo. O meu trabalho acontece muito na rua. E eu sou um observador”, explica.Marcos Chaves já expôs pelo mundo, participou de bienais, publicou vários livros e tem vários projetos em andamento. Ele é representado pela galeria Nara Roesler em São Paulo, Rio e Nova York há mais de 2

  • Filme “A Queda do Céu” sobre os Yanomami estreia na Quinzena dos Cineastas de Cannes

    19/05/2024 Duración: 06min

    O documentário “A Queda do Céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, foi o primeiro dos filmes brasileiros selecionados este ano a ser exibido no Festival de Cannes. A estreia do longa aconteceu neste domingo (19) na prestigiosa mostra paralela Quinzena dos Cineastas, na presença dos codiretores, do xamã Davi Kopenawa e do antropólogo francês Bruce Albert.  Adriana Brandão, enviada especial da RFI à Cannes“A Queda do Céu”, sobre a cosmologia Yanomami, é baseado no livro homônimo de Davi Kopenawa e Bruce Albert. A obra foi publicada inicialmente em francês em 2010 e a tradução para o português é de 2013. “Li esse livro e foi um impacto muito forte. Costume dizer que o livro mudou meu cérebro de lugar”, lembra, em entrevista à RFI, Gabriela Carneiro da Cunha. “Passei a ver o meu mundo, o mundo não indígena, em uma perspectiva que nunca havia visto antes”. A ideia surgiu em 2017 e o longa levou 7 anos para ficar pronto. O filme foi rodado na Amazônia, no território e na língua Yanomami. Davi Kopenawa é “

  • Experiência no cárcere inspira rapper curitibano a criar curta vencedor em festival na França

    15/05/2024 Duración: 06min

    Mano Cappu fez bonito em sua estreia no cinema. O curta “Bença”, que teve estreia mundial no Festival Cinélatino em março, levou o prêmio Courtoujours, do Júri Estudantil de Toulouse, no sudoeste da França. O evento é uma das principais vitrines do cinema latino-americano na Europa. Patrícia Moribe, enviada especial a Toulouse“Bença é um filme que nasceu a partir do encontro que eu tive com meu pai no cárcere”, conta Mano Cappu em entrevista à RFI, em Toulouse. “O meu pai era réu confesso, eu estava preso inocentemente e o Bença surgiu nesse lugar de potência para unir a nossa família”, diz Cappu, que passou dezoito meses preso até conseguir provar inocência.“O cárcere é visto como um lugar de muita violência. Mas em meio a esse caos, a gente conseguiu fazer uma história de amor e perdão. Para mim, a família é um lugar de muita honra”. Uma “catarse”, define o artista. “Os filmes brasileiros sobre o cárcere geralmente são feitos por pessoas que nunca ficaram presas. Então, bem, essa vem a partir da minha pesso

  • Influenciada pela música brasileira, Amina Mezaache inventa ritmo “chorocatu” em novo CD

    15/05/2024 Duración: 08min

    “Vórtex” é o terceiro álbum de Amina Mezaache e do quarteto Maracujá. O disco, lançado agora na França, traz oito músicas que espelham a trajetória da flautista e compositora francesa, com influências de jazz, improvisação e principalmente música brasileira. O quarteto Maracujá foi criado em 2012 por Amina Mezaache e é formado ainda por Yoan Fernandez, na guitarra, Fabien Debellefontaine, no sousafone, e Jonathan Edo, na percussão. Desde a fundação, a música brasileira está muito presente no trabalho do grupo.Foi um encontro com Hermeto Pascoal, que, aliás é homenageado com uma faixa no álbum “Vórtex”, que influenciou as composições de Amina Mezaache. “Eu realmente me apaixonei pela música dele porque eu sou musicista de jazz. Gostei muito do espírito de liberdade que tem na música do Hermeto. Depois, fui ao Rio e ao nordeste também, e descobri a tradição muito rica, muito forte, das várias músicas, dos vários ritmos do Brasil”, relembra a flautista.Ela se sente tão à vontade com os sons brasileiros que até c

  • Historiador destaca troca de experências entre intelectuais brasileiros e franceses desde criação da USP

    14/05/2024 Duración: 05min

    A história da criação da Universidade de São Paulo (USP) está ligada à participação de intelectuais franceses como Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Roger Bastide e outros.  O historiador Ian Merkel se interessou pelo lado B dessa colaboração, ou seja, a importâcia que a vinda para o Brasil trouxe ao trabalho subsequente desses pensadores. O livro “Termos de Troca – Intelectuais Brasileiros e as Ciências Sociais Francesas”, originalmente publicado em inglês e agora em francês, traz uma nova luz para o intercâmbio internacional entre pensadores brasileiros e franceses entre 1930 e 1960, a partir da criação da USP.Trocas afetivas e intelectuais marcaram profundamente ambos os lados, como Merkel constatou. Através das obras e contato com Mario de Andrade, Caio Prado Jr., Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, entre outros, os franceses tiveram uma imersão privilegiada em questões como colonialismo, sincretismo religioso e fundamentos das estruturas sociais.“Este livro é uma examinação, uma exploração da

  • “Recebi um único apoio do Brasil”, diz músico Mario Bakuna que faz sucesso na Europa

    03/05/2024 Duración: 17min

    O músico, guitarrista, compositor, arranjador e cantor com uma grande capacidade vocal, Mario Bakuna, está atualmente na estrada para promover principalmente seu último álbum, “Brazilian Landscapes” (Paisagens Brasileiras). Nesta sexta-feira (3), a turnê faz escala em Paris, no “360 Paris Music Factory”, com o show "Mario Bakuna e amigos". O músico, radicado em Londres há mais de 10 anos, tem uma carreira de sucesso na Europa e diz que nesse tempo todo só recebeu apoio institucional do Brasil “uma única vez”. No álbum “Brazilian Landscapes” e nos shows da turnê, Mario Bakuna propõe uma viagem musical brasileira, com novas interpretações e novos arranjos de obras de grandes músicos da MBP como Dominguinhos, Djavan, Arismar do Espírito Santo e Marcos Valle, entre outros artistas de diferentes regiões do país.   Nos seus trabalhos e apresentações, Mario Bakuna se une a grandes talentos como o percussionista Edmundo Carneiro, mas também faz questão de trabalhar com músicos locais, nos países por onde se apresenta

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